Três nomes para a Escola Municipal de Artes de Taboão da Serra

Apesar dos vereadores de Taboão da Serra terem votado e aprovado no último dia 09/11, durante a Sessão Ordinária da Câmara, o nome da rainha da sofrência, Marília Mendonça, para batizar a Escola Municipal de Artes da cidade, ainda deve ser sancionada pelo prefeito José Aprígio.

Nesta edição a Folha do Pirajuçara apresenta 3 nomes do cenário artístico-cultural taboanense, entre tantos outros, que poderiam ser homenageados por Taboão da Serra.

Mario Pazzini, Marcos Pezão, Manoel da Nova, Reginaldo Nascimento, José Luiz da Silva, José Bonifácio, fazem parte de uma imensa plêiade a ser considerada pelas autoridades taboanenses.

Ator e diretor teatral Mario Pazini

O ator, diretor e ativista cultural Mário Pazini Junior, morreu em 31/03/14, aos 51 anos, vítima de câncer. O artista deixou três filhas e a esposa Naruna Costa, também atriz. Em Taboão da Serra o artista foi um dos responsáveis pela profissionalização da encenação da Paixão de Cristo. Ele também é um dos fundadores do Clariô, respeitado espaço cultural.

Pazini tem uma das mais bonitas carreiras artísticas de Taboão da Serra. Em uma das primeiras encenações da Paixão de Cristo, sua mãe, que interpretava a Virgem Maria carregava na barriga o filho Mário Pazini. Ele brincava que esse foi a sua primeira participação na encenação que o tornou famoso em toda a região.

Durante seis anos foi o personagem principal da encenação da Paixão de Cristo. Sua primeira participação foi em 2000 e em 2005 protagonizou um dos momentos mais difíceis de toda história do espetáculo. Quando se preparava para a cena da ressurreição, caiu de uma altura de quase três metros. Mesmo machucado, Pazini voltou e encenou os momentos finais do espetáculo.

Em 2006, sua última participação como Cristo, protagonizou um dos momentos mais emocionantes quando encontrou Manoel da Nova, o primeiro diretor da encenação da Paixão de Cristo em 1958. Os dois se abraçaram durante o calvário de Jesus, arrancando aplausos do público que acompanhava.

Mas a carreira de Pazini vai muito mais além do que a Paixão de Cristo, fundador do Espaço Clariô, ganhou em fevereiro um dos prêmios mais importantes da cultura, o Prêmio Governador do Estado. Entre as peças que Pazini deu vida no palco estão “Hospital da Gente”, “Cavalo de Pau” e “Urubu Come Carniça e Voa”, entre outras.

Pazini era formado pela escola Macunaíma de Teatro e começou sua carreira em Taboão da Serra no grupo Tesol, do ator e diretor Daniel Diez.

 

Marco Pezão, cofundador da Cooperifa, morreu em 13/10/2019 aos 68 anos, em São Paulo

Marco Antônio Iadocicco, Pezão foi o jornalista esportivo mais importante de Taboão da Serra, escrevendo em diversos veículos de comunicação, como a Gazeta do Taboão, O Independente, Jornal Atual e neste Portal. Em seguida passou a publicar seus textos e fotos no site Futbolando, onde retratou, sempre com seu jeito poético de escrever, o futebol de várzea.

O seu lado poeta também marcou profundamente Taboão da Serra e região. Junto com Sérgio Vaz foi um dos fundadores da Cooperifa, movimento cultural que completou agora em outubro 20 anos. É dele um dos poemas que mais marcaram a cultura periférica: “nois é ponte e atravessa qualquer rio”.

Pezão também fundou o sarau “A Plenos Pulmões”, que acontece há quase 10 anos na Casa das Rosas, na avenida Paulista, na capital.

O amigo Sérgio Vaz publicou em suas redes sociais: “Guerreiro de tantas batalhas, noites inesquecíveis de luta para incendiar a vida com poesia. Vá em paz guerreiro, é uma honra que nossos caminhos tenham se cruzados. Grato pelas lições”.

Marco Antônio Iadocicco, o inesquecível Pezão, deixa um legado gigantesco através de suas crônicas esportivas, na literatura e em todos os projetos culturais que sempre marcaram a sua história e de todos que o cercaram.

Manoel da Nova

Manoel da Nova foi um brilhante ator cômico, tendo contracenado na TV, com Manoel da Nóbrega e Ronald Golias nos velhos tempos da Rádio e Televisão Tupy e TV Record e no teatro com inesquecível ator Procópio Ferreira. Ele fazia um pouco de tudo para produzir o espetáculo: escrevia e adaptava os textos, criava cenários e atuava, durante mais de 40 anos, Nova responsabilizou-se por apresentar, nas ruas de Taboão, a Encenação Teatral Paixão de Cristo, que era acompanhada por milhares de pessoas.

 

*fonte: O Taboanense //

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