Geraldo Cruz em busca do legado perdido em Embu das Artes

FP: Geraldo Cruz comenta-se que você estaria impedido de concorrer essas eleições de 2020. Qual a verdade?
GC: Na cidade de Embu tem uma verdade que o povo precisa saber e entender. A verdade que fomos Prefeito da cidade por 8 anos, fizemos um bom governo e recuperamos a cidade colocando o Embu em um patamar onde ela merecia estar que pudesse avançar e isso nossos adversários não quer admitir, eles querem colocar questões nas próprias apurações onde não existe. Em 30 anos de mandato política, nunca fui condenado a nada, nem nunca fui denunciado por uso do dinheiro público, tem um processo que eu já respondi e ganhei na justiça no TSE que foi um processo que foi montado pelos meus adversários por conta de uma publicação na A Folha do Embu, esse processo eu perdi aqui em São Paulo e ganhei em Brasília. No Embu nunca tive uma acusação, nem polícia, nem na justiça eleitoral e nem na justiça comum. Processo é natural que as vezes tem por que eu fui Prefeito 8 anos, 14 anos Vereador, 8 anos Deputado Estadual, sempre tem os meus adversários por falta de proposta politica para cidade, por não ter o que apresentar para população fica se justificando ai na rua que eu sou inelegível. Então eu estou tranquilo com relação a isso, vou registrar minha candidatura, hoje estou como pré candidato a Prefeito.

FP: Atualmente essa administração está sendo caracterizada por destruição de projetos e politicas publicas sociais. Qual legado você deixou para Embu e que hoje você vê com tristeza que não existe mais?
GC: Eu quando fico olhando as coisas que nós fizemos nessa cidade e vê onde colocamos ela e hoje vê onde ela está chegando, tenho muita tristeza, muitas eu posso falar que por exemplo, o que me deixa mais triste e decepcionado é que eu gostaria mesmo que o Embu não voltasse a ser a cidade da mortalidade infantil, como está hoje que aumentou.

FP: E no tocando a Educação?
GC: Nós erradicamos a questão do analfabetismo na cidade que era 13% e chegamos a 1,9%, hoje ela já esta passando dos 3% então isso também nos deixa triste.

FP: O que mais marcou o seu Governo na Educação?
GC: Uma das coisas que mais marcou nossa cidade foi a construção de duas escolas. Nós queríamos que o Embu pudesse ter uma educação boa, assim surgiram as escolas Paulo Freire e Valdelice Prass. O perfil do Valdelice era de uma escola integrada a questão do esporte dentro da unidade, como também um processo educacional de qualidade, além da questão da cultura como processo educacional dentro do mesmo complexo. A Paulo Freire tinha a piscina, que tinha a ideia de servir as crianças de menor idade. Mas, infelizmente eles abandonaram essa escola e que da muita dó, de chegar hoje e ver a situação que está. A Valdelice tinha as características pouco semelhante, mais o principal da característica dessas duas escolas era um ambiente de trabalho mais confortável para os trabalhadores da área da educação e pra quem lá estava estudando. Esse era o objetivo e que sempre norteou nossos projetos. Tendo em vista que a municipalização era a partir de 1999 e 2000 e nós consolidados essa questão da organização da rede da educação a partir de 2001. Os projetos educacionais que nós tínhamos era em primeiro lugar, o respeito com os trabalhadores da área da educação. E segundo garantir uma formação de alto nível para os professores, com conteúdo e de fato teve uma evolução muito grande. A Educação tem que ser prioridade.

FP: Quais foram as suas prioridades nesse setor?
GC: Eu estabeleci as prioridades na educação. Tanto é que chegamos a gastar mais que o limite imposto pela lei que era de 25% e nós chegamos a investir 31% do orçamento com a educação Nós investimos mais porque, porque criamos o kit do material escolar para que a população estudantil tivesse, os uniformes para que todos estivessem identificados na escola. Além da identificação, foi uma solução para elas se sentirem confortáveis em ir na escola que era o uniforme e o material, para ir todo mundo igual era esse o objetivo, além da segurança e economia familiar. Outro fator foi garantir o transporte escolar e garantir a criança na escola dignamente, isso era uma coisa importante. Hoje eu não vejo mais quase nada desses projetos de fazer com que as crianças, por exemplo, um projeto na educação que até hoje encontro jovens na rua que participaram dele, por exemplo o projeto na onda do mar, o projeto não era as crianças ir para conhecer o mar, mais era para ela ir conhecer através da Ciência e discutir questões técnicas sobre isso, despertar na criança esse interesse que é um projeto que chamava Ciência hoje. Um outro projeto era letras e livro um projeto que não deixava a criança repetir de ano mais também não fazia ela ser aprovada sem saber nada. Automaticamente ele dava uma condição para que uma professora, em sala de aula, tivesse uma sala de leitura para o incentivo de cada escola. Infelizmente todos esses projetos se acabaram. Veja a qualidade das merendas hoje e compare com a merenda que as crianças comiam nos nossos 8 anos.
Só para dar um exemplo simples, eu faço um desafio para as crianças que estudaram na nossa época e que hoje são adultos moças e rapazes se algum deles se lembram que comeram ovo como mistura na merenda escolar.
Eu encontro mães na rua hoje, comentando, “olha 3 vezes por semana é ovo para as crianças comerem”.

FP: Volta a questão da Saúde, o que você poderia dizer?
GC: Na saúde nós também podemos assumir que estávamos perdendo a condição de administrar dentro do sistema único de saúde por conta de abandono das administrações anteriores a minha, nós reorganizamos a cidade na questão da saúde e criamos o Centro de Atenção a Questão da Psiquiatria e a questão do álcool e drogas que é os CAPs.
Com toda essa cobertura começamos a criar equipe das famílias no município. Tudo isso nos fizemos.
Além construção das novas unidades de saúde, nós construímos vários Unidades Básicas que não tinham em vários bairros e nós distribuímos na cidade e qual que é minha tristeza, é chegar hoje na saúde e ver que não aumentaram mais nenhuma equipe de saúde da família, estão as mesmas que contratamos, acho que perdemos umas duas equipes, não construíram mais nenhum centro de atendimento da saúde em lugar nenhum são 10 anos que não construíram nenhuma recepção na saúde, está tudo a mesma coisa.
Veja a maternidade, foi nós que construímos e entregamos no final de 2004 para 2005, mais começou a funcionar em 2004. Não aumentaram mais nada na maternidade, pelo contrário diminuíram, abandonaram.
Como eu disse, na historia da mortalidade infantil nós levamos ao índice mais baixo do estado de São Paulo e agora estamos como um dos índices mais altos na mortalidade infantil e na mortalidade materna como no ano passado bateu esse recorde.

FP: Qual a sua outra prioridade?
GC: Uma outra área prioritária pra mim foi o Desenvolvimento da cidade. Faça um levantamento, dentro da prefeitura, e veja qual foi a empresa grande que veio para cidade nos últimos 10 anos. Eu vou colocar nos últimos 10 anos não nos últimos 4, nenhuma empresa grande se instalou mais na cidade ai você diz ah mais porque tinha que instalar uma empresa grande na cidade, porque a cidade tinha que crescer, o Embu foi a que mais cresceu durante 12 anos aqui havia um projeto de desenvolvimento que nós fizemos, que estava crescendo a cidade e de 10 anos pra cá parou de crescer porque então que não vem mais. Nenhum empresário que tem dinheiro vai investir em uma cidade onde ele é recepcionado no lugar principal como a prefeitura e ele é ameaçado de ser extorquido e lhe pedem propina.
Hoje temos um agravante é só olhar o perfil e histórico do nosso administrador atual, se você olhar muitos empresários nem quer conversar com ele. Segundo dados de 2018, Taboão da Serra criou 4.800 empregos, o Embu perdeu 282 empregos. Olha só a diferença, como é que funciona toda cidade se não manter os empregos que ela tem, ela perde alguma coisa.
A cidade perde quando uma empresa fecha e vai embora, Você ganha é quando uma empresa esta na cidade cresce sua produção, ou quando vem novas empresas. É assim que funciona as coisas.
Eu passei nesse processo quando estava na prefeitura, por que no Embu as empresas estavam indo embora. Foi quando, a principal ação que nós fizemos, junto com a Câmara Municipal, com vereadores com propostas gerais para discutir pela cidade e elaborando junto com a prefeitura através de um Plano Diretor, onde nós oferecíamos incentivo ás empresa e colocamos a Secretaria de Planejamento, aquela época, oferecendo ajuda na elaboração dos projetos.
Com essa logística, o empresário chegava na cidade, e, dentro de uma seção da Câmara com politicas serias, ai ele diz puxa vida ali a cidade esta boa e a câmara esta fazendo bem, quando chega hoje você vai na seção da câmara me diga lá o que você vê, ah é titulo de cidadão para alguém que é amigo dele que não tem nada a ver com a cidade, então são criminosos essas coisas que esse pessoal tem feito na cidade ai vai na prefeitura igual o shopping que era pra vim pra cá, já era tempo que era pra ter vindo esse shopping que já vem se falando há mais de 8 anos o empresário desiste. E eu estou dizendo isso e não estou inventando tem empresário fazendo obra aqui na cidade que na reunião da associação ele falou que ele não viria em destino ao Embu por ele estava sendo extorquido que estava querendo arrancar dinheiro dele.

FP: O que você vê de positivo na atual administração?
GC: Com todo respeito se tem sinceramente eu não conheço, por exemplo eu só vejo desperdício de gasto, quando nós estávamos na prefeitura nós compramos uma sede onde colocamos e centralizamos toda administração da cidade em um espaço que cabia na época 12 secretarias, a gente já achava que era um número muito alto, eu já tinha falado uma vez em uma reunião de equipe que não precisava de 12 tinha que ser 10 mais tudo bem, mais ai ficamos nas 12 numa coisa de debate sobre questão de cultura e questão de esporte, em questão do transito etc.. Nós chegamos nos 12 essa nós deixamos em 2000 no final de 2008, 12 secretarias hoje parece ter porte de secretaria 26 se não for um absurdo é vergonhoso você ter uma cidade com 275 mil habitantes, com 26 secretarias, ai é um dinheiro jogado fora, porque um secretario custa pra prefeitura uma média de 20 mil por mês, um secretário adjunto custa 17 mil por mês ai vai secretario de secretario ai o que vai nesses gastos desnecessário porque você não conhece eu duvido quem da população conhece todo esse povo então esse é outro absurdo que não tem justificativa não tem explicação só pode fazer isso de fato quem não tem discernimento com a administração quem não sabe qual é a importância do serviço público com a população. Eu vejo isso então com todo respeito ao ser humano que está na administração eu não vejo um projeto uma política, vou perguntar aqui por exemplo qual política para saúde da mulher? como está sendo o apoio as mulheres e a violência domiciliar? política pública para mulher de uma forma geral, como está a política do idoso o que está acontecendo.
Ai você pega o esporte, na nossa época nós trouxemos aqui para o Embu um time que foi para primeira divisão paulista que foi o pão de açúcar nos saímos e perdemos isso ai você diz Geraldo porque um time profissional.
Um time profissional desperta muitas coisas boas para cidade primeiro que ela leva o nome da cidade para todo lugar, segundo que ele também causa um estimulo nas crianças da cidade que é um motivador para fazer esporte mostrar os exemplos só isso já seria o suficiente e para trazer outros eventos para cidade, isso até os campeonatos municipais da nossa época se acabaram. Nós tínhamos campeonato de todas categorias esporte e também de artes marciais nós tínhamos de outros esportes não só o futebol mais o futebol especialmente e eu vou fazer a conta aqui com você talvez hoje pela pandemia não mais se estiver cadastrado me mostra nós tínhamos em 2008, 8 mil crianças fazendo esporte na cidade vai lá e levanta quantos tem hoje isso também é tristeza então acabou essas coisas acabou a história da transparência entra no portal da prefeitura hoje pra ver o que você colhe então essas coisas gente eu estou aqui de coração aberto não estou fazendo críticas estou dizendo que não tem mais coisas que já teve.

FP: Geraldo gostaria que você deixasse suas considerações finais para o povo de Embu das Artes:
GC: O que quero dizer para população de Embu Mário é primeiro agradecer ao teu jornal que você está fazendo isso aqui na região eu já vi você fazer entrevista com vários pré candidatos agradecer por isso e parabenizar a você que é importante apesar que a gente tem as redes sociais mais eu sempre reafirmo em todo lugar que nós nunca vamos perder e deixar de ter o jornal porque o jornal vem escrito a gente guarda em casa e as redes sociais tem hora que não temos paciência de ficar olhando e nem todo mundo gosta. E segundo dizer para população de Embu eu estou bastante otimista eu acho e acredito que Embu pode sair dessas paginas de jornais como politica ladrão ela vai sair dos jornais com histórico de violência que esta voltando ela vai sair dos jornais de coisas ruins ela voltara a ser apresentada como a Estancia turística como a cidade das artes do artesanato que a gente precisa falar muito disso se eu fosse falar das coisas que eu vejo destruída na cidade e que eu quero reconstruir chamar a população as pessoas dizer para vocês nós podemos estar em uma cidade melhor temos condições de estar melhor é inadmissível ou melhor inaceitável você chegar no posto de saúde numa cidade que tem arrecadação que tem a nossa hoje e a pessoa não encontrar um remédio é inaceitável, Mário você sabe que uma pessoa que é obrigado tomar um remédio que sabe que está lá no SUS que vem dinheiro por exemplo diabéticos que não é uma doença que não é grave se você tratar direitinho mais se você não se tratar ela pode se tornar uma doença ruim e grave para população e você saber que falta, você sabe que meu escritório é do lado de um posto de saúde que eu construí que é o independência e eu presencio isso quase todo dia quando desço no portão encontro gente que vem do posto reclamando que ela foi tomar insulina e não tinha seringa, ou que tinha seringa mais não tinha insulina então você fica numa situação eu não gosto de falar dessa palavra que me revolta porque não quero ter revolta nem me indignar por alguma coisa e é por isso que eu estou decidido a ser pré candidato novamente para voltar e garantir isso para população de Embu por fim agradecer de novo e dizer para população que tenha esperança e não tenha medo e dizer uma frase que é muito dita em todo lugar “A esperança vence tudo inclusive o medo”

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