Prefeito de Taboão da Serra faz balanço das ações de enfrentamento ao COVID-19

Na última quarta-feira dia 06/05, em coletiva o prefeito Fernando Fernandes, apresentou as ações municipais de combate ao COVID 19 e a queda de arrecadação municipal.

O prefeito Dr. Fernando Fernandes, juntamente com o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (Covid-19), nessa última quarta-feira (06/05), em coletiva apresentou a imprensa o balanço sobre as ações municipais de combate ao vírus até o momento. Desde o início da Pandemia e quarentena em Taboão da Serra, dezenas de medidas já foram tomadas. Até aquele momento, 28 casos foram confirmados de óbitos pela Covid-19 na cidade.

Entre as principais ações do Comitê estão a higienização de vias públicas e Unidades Municipais e pontos de ônibus; a criação do Hospital de Campanha, a fiscalização com a equipe multidisciplinar para orientar que as pessoas não fiquem nas ruas e evitem filas; distribuição de máscaras aos profissionais da Saúde.

 

Números do COVID na cidade

 

O prefeito Fernando Fernandes informou, também nesta segunda durante coletiva em seu gabinete, que 50 moradores seguiam internados por causa da doença até esta terça-feira, dia 05/05. Este foi até agora o maior número de internações registrado no município.

No Hospital de Campanha, que atende os casos de quadro leve ou moderado, há 38 moradores hospitalizados, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada, responsável por tratar estados mais graves da doença, há 12, sendo que dois deles estão entubados.

O aumento considerável no número de internações, segundo o prefeito, mostra que a cidade vive o seu pior momento em relação ao coronavírus. “É o pior porque vem vindo numa crescente. Não estou dizendo que será o pior momento derradeiro, nós podemos enfrentar piores, mas o que a gente observou é que o número de internações cresceu rápido. Começamos com 10, 12, passamos para 18, 20, e agora já pulamos para 38 internações”, destacou.

Desinfecção

 

Desde o começo da pandemia, a prefeitura vem adotando uma série de medidas para tentar impedir a proliferação do vírus na cidade. Estado de calamidade pública foi decretado, obrigando comércios não essenciais a fecharem as portas.

As ruas, calçadas, pontos de ônibus, entradas e portões de casas dos bairros estão sendo desinfectadas, medida que, segundo o prefeito, segue como uma das mais importantes pela prefeitura.

Segundo Engenheiro Daniel secretário de Manutenção e Serviços Urbanos da cidade “A gente faz uma desinfecção diariamente, utilizando um produto à base de água, hipoclorito de sódio e sabão. Hoje a prefeitura disponibiliza de 4 caminhões pipas. Um é destinado para locais com maior circulação de pessoas, outro é direcionado para desinfectar as áreas próximas as unidades de saúde, e os demais são para os bairros”, disse.

Na cidade, também houve a entrega gratuita de mais de 25 mil máscaras, confeccionadas pela Escola Municipal de Corte e Costura de Taboão.

 

Queda de arrecadação

 

De acordo com o prefeito Fernando Fernandes, a cidade deixou de arrecadar mais R$12 milhões se comparado com igual período de 2019, que alcançou cerca de R$ 44,6 milhões frente à R$ 32 milhões deste ano.

A previsão, segundo o prefeito, é que a queda na arrecadação no mês de maio seja ainda maior. “Como a economia está diminuindo mês a mês, a tendência é que não sejam 12 milhões de déficit de arrecadação neste mês, sejam mais porque provavelmente todas essas arrecadações vão cair”, explicou ele, que classificou o cenário como “grave”, mas reforçou que salvar vidas será prioridade no momento.

“É uma situação muito grave, mas nós temos que ver o outro lado. Não adianta olhar para a questão econômica e falar ‘então, vamos parar de fazer o que nós temos que fazer.’ Vamos parar com o isolamento social? Não. Esse é um erro que não pode ser cometido porque aí vai ser muito pior. Vamos provocar um desastre no atendimento da saúde no nosso Estado e no Brasil inteiro”, sentenciou ele.

Para aliviar os desfalques na arrecadação, a prefeitura também deve receber um auxílio do Governo Federal da ordem de R$ 32 milhões.

“O empréstimo que eu estou pagando para canalização do Córrego Poá, eu posso suspender o pagamento até dezembro. Este Projeto de Lei contempla isso. Alguns outros pagamentos que eu tenho que repassar, como o INSS porque nós temos funcionários que recolhem no governo federal, a parte patronal eu também posso suspender até dezembro. Vamos ver agora o texto no Senado para nos ajudar a recompor essa perda”, explicou o prefeito.

 

Em tempo

 

Até o fechamento desta edição, 08/05, os óbitos pelo Coronavírus em Taboão da Serra, segundo informações oficiais, já haviam subido para 33.

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