Dr. Peter assume Prefeitura de Embu das Artes no lugar de Ney Santos, afastado pela PF

No final da tarde de 12/12 o vice prefeito de Embu das Artes, Dr. Peter Calderoni, foi notificado, através do ofício da delegada da Polícia Federal, Karina Murakami Souza, o afastamento do prefeito, Ney Santos. A ordem da Justiça atende a um pedido da Polícia Federal (PF), que indiciou Ney Santos por lavagem de dinheiro entre 2014 e 2017.

O processo estaria relacionado a uma operação realizada no ano de 2016. Na época, o Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO de São Paulo- núcleo Capital, com o auxílio da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, deflagrou a Operação Xibalba.

Ney Santos tinha acabado de ser eleito prefeito do município, e foi acusado pelo Ministério Público de envolvimento com lavagem de dinheiro em postos de gasolina e ligação com o crime organizado. Além disso, o MP apontou uma possível ligação dele com o tráfico de drogas em Osasco, Embu das Artes, Taboão da Serra, Carapicuíba, Cajamar e São Paulo.

Na época o prefeito conseguiu uma liminar para se manter no cargo.

 

Entenda o caso

 

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou o afastamento imediato do prefeito de Embu das Artes, Ney Santos. A decisão decorre de um inquérito em andamento na Polícia Federal de São Paulo em que Ney é suspeito de ocultação de bens e lavagem de dinheiro.

Ney Santos foi, inclusive, indiciado pela PF pelo crime de lavagem de dinheiro entre os anos de 2014 e 2017. O TRF3 informou que não poderia passar informações sobre o caso, pois o inquérito corre em segredo de Justiça.

Segundo a PF, o prefeito ocultou ser proprietário de um terreno em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo; de um terreno em Peruíbe, no litoral paulista; de um apartamento mobiliado no bairro do Tatuapé, na Zona Sul da capital; de diversos veículos, que estariam em nome de terceiros, além de terras no estado da Bahia.

O prefeito foi investigado na operação Hammer-On da PF, realizada no Paraná em setembro de 2017. A investigação apurava um esquema bilionário de crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa que agia desde 2008 em vários estados.

Segundo a PF, o prefeito de Embu possui ainda salas em um edifício e uma vaga de garagem em Curitiba, no Paraná, que seriam de sua propriedade e estariam em nome de laranjas.

Em 2018, ele já havia sido afastado do cargo por uma decisão da Câmara de Vereadores da cidade, após ser investigado em uma operação da PF contra desvios de recursos públicos da União para a merenda. Mas conseguiu retornar à função em 2019.

Na ocasião, o advogado Humberto Sabretti, defensor do prefeito Ney Santos, afirmou que a defesa ainda não tinha tido acesso aos autos do processo e que as investigações estavam sob sigilo.

 

 

Fonte: Gazeta SP / G1

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