Família realiza campanha para que jovem embuense faça tratamento na Tailândia e não fique tetraplégico

Uma família do Jardim Vista Alegre, em Embu das Artes, tem usado as redes sociais para impedir que os sonhos do jovem Richard José Siqueira sejam interrompidos. O rapaz, de 17 anos, tem uma doença degenerativa conhecida como Distrofia Muscular do Tipo Cintura que pode paralisar todos os movimentos de seu corpo. Para bloquear o avanço da doença, porém, uma campanha foi iniciada para que o embuense vá à Tailândia fazer o tratamento. A família precisa arrecadar R$ 150 mil o mais rápido possível.

Richard, conforme explica a mãe, desenvolveu a distrofia ao longo dos anos e só foi diagnosticado no início de 2019. A família percebeu a grande dificuldade que menino tinha em se movimentar nos últimos quatro anos, mas a doença demorou para ser descoberta. “A gente começou a notar a dificuldade e levamos ele no médico […] até que um ortopedista muito bom examinou tudo e o encaminhou para o neurologista com urgência”, relatou Tânia Cristina.

Caso não seja tratado, o jovem pode ficar tetraplégico e parar em uma cadeira de rodas. E a doença, a cada dia que passa, avança mais. Richard já tem alguns movimentos comprometidos e isso já o atrapalha tanto em tarefas do dia a dia, como pentear o cabelo ou escovar os dentes, quanto em sua vida escolar. Há dois anos ele não frequenta mais uma escola.

“Ele não está estudando porque as escolas têm escadaria”, disse a mãe ao contar que o filho sobe até mesmo uma simples rampa de costas porque não tem forças nas pernas para ir de frente. Ele aguarda vaga durante todo esse tempo em uma escola próxima ao seu bairro que tem elevador, a Rodolfo José da Costa e Silva, no Jardim Mimás.

Apesar de todas as dificuldades de da tristeza ao receber a notícia sobre a saúde do filho, Tânia e a família não desanimaram. O jovem faz acompanhamento no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e no Ame do Taboão, onde uma neurologista renovou as esperanças da família ao falar de um tratamento que poderia bloquear os efeitos da doença.

“A neurologista indicou um tratamento com células tronco que está dando muito certo. Aí eu fui atrás, pesquisei, procurei pessoas que já fizeram e duas das que eu conversei foram e tiveram sucesso. Um menino que era cadeirante e hoje em dia anda até de bicicleta”, disse ela à reportagem com empolgação.

Depois de descobrir o tratamento na Tailândia, Tania entrou em contato com o hospital de lá. Enviou e-mails e todos os exames que Richard tinha feito depois veio a ansiedade na espera de uma reposta. “Em 15 dias, uma junta médica viu todos os exames e acabou aceitando. Falaram que caso dele tem como ter melhoria”, relatou.

A avalição foi preciso porque os procedimentos só são feitos em quem os médicos verificam que a doença pode parar. Caso o contrário, não aceitam o paciente. E o quadro de Richard ainda pode ser revertido, por isso, a família e amigos estão montando uma enorme campanha para arrecadar os R$ 150 mil, que podem ser depositados na conta bancária 41.359-7 da agência 1226 da Caixa Econômica Federal.

Até agora foram arrecadados em torno de R$ 15 mil, mas apesar do longo caminho a ser percorrido até que as doações alcancem a meta, a mãe do jovem está otimista. “Sim, estou muito esperançosa. Primeiro, confio muito em Deus, depois nós médicos e em todos os amigos. Estou forte para lutar vou fazer de tudo pelo meu filho”, disse.

Ela ainda reforçou estar muito emocionada com as doações. “Não sabíamos que poderíamos atingir tantas pessoas. A solidariedade está sendo o essencial para me mover a cada dia e creio que vamos conseguir. Cada um está ajudando como pode e isso me deixa feliz. Ainda existe amor ao próximo e eu vou continuar acreditando que vamos chegar até a Tailândia”, finalizou.

Se você puder, doe à Campanha de Richard e o ajude a ir para a Tailândia. Sua contribuição vai salvar uma vida cheia de sonhos.

 

*por Gabriela Pereira-Jornal na Net

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