18 de Junho: Dia da Imigração Japonesa

*por: Eliane Souza

O Dia da Imigração Japonesa ou Dia Nacional da Imigração Japonesa é comemorado em 18 de junho.

Oficialmente, o Dia Nacional da Imigração Japonesa foi instituído no Brasil através da Lei nº 11.142, de 25 de julho de 2005.

A imigração japonesa começou no início do século XX, como um acordo entre o governo japonês e o brasileiro, uma vez que o Japão vivia uma série crise econômica. Por outro lado, o Brasil necessitava de mão de obra para a lavoura do café.

A colônia japonesa do Brasil está dividida em: isseis, nisseis, sanseis e yoseis.

 

Origem do Dia da Imigração Japonesa

 

O Dia da Imigração Japonesa é comemorada no dia 18 de junho porque foi a data na qual o primeiro navio aportou ao Brasil com imigrantes japoneses, no porto de Santos, em São Paulo, em 1908.

O navio Kasato Maru trouxe 165 famílias que vieram para trabalhar nos cafezais, outros na exploração de borracha na Amazônia ou nas plantações de pimenta no Pará, que eles próprios trouxeram.

A chegada de navios ocorreria de forma irregular por conta das duas guerras mundiais e a última embarcação a trazer imigrantes japoneses, o navio Nippon Maru, aconteceu em 1973,

A maior parte dos japoneses eram camponeses pobres, oriundos das províncias do Sul e do Norte do Japão e foi no estado de São Paulo que permaneceu a maior parte dos colonos japoneses que vieram para o Brasil.

Calcula-se que 2 milhões de japoneses e seus descendentes vivam no país e destes 1,3 milhões estejam no estado de São Paulo.

Assim é o estado que mais tem descendentes e com a influência nipônica mais acentuada. Vários japoneses também se estabeleceram em cidades como Atibai, Suzano e Lins; e na capital, o bairro da Liberdade tornou-se o “bairro japonês” devido a grande concentração de moradores dessa nacionalidade.

Diferente do que ocorreu com outras comunidades japonesas espalhadas pelo mundo, aqui muitos nipônicos casaram-se com os nativos e adotaram a religião local.

 

Japoneses em Taboão da Serra

 

Um dos fatores mais importantes para a expansão do desenvolvimento do Vale do Pirajuçara, de Embu das Artes, passando por Taboão da Serra, Ferreira, Vila Sônia, Butantã até o desemboque do córrego que deu nome à região, no Rio Pinheiros, foi a Colônia Japonesa.

Os japoneses chegaram ao Brasil a partir de 1908, com o desembarque de 165 famílias no Porto de Santos, do navio Kasato Maru.

No Vale do Pirajuçara em Taboão chegaram para cultivar legumes e verduras, após rejeitarem o trabalho quase escravo nas lavouras de café do interior paulista, as famílias Hosoki, Taizo Kakimura, e alguns jovens solteiros, Kizaemon Takeuti, Kohei Hidaka, Kunishi Yamahata, Naokiti Yamahata,  Tokunossuke Kawabata, todos vindos em 1924, um dos núcleos imigratórios mais antigos do Brasil. No ano seguinte (1925) juntaram-se a eles Kiyomasa Okada, Suejiro Takeuti e Kiku Takeuti (esposa de Kizaemon); estes são considerados os pioneiros da imigração na região.

Kizaemon Takeuti, produtor de batatas no atual Jardim Roberto, e um dos ‘pais’ de batismo do chamado “Cinturão Verde” de São Paulo, tem o nome imortalizado na principal via pública do vale do Pirajuçara, estrada que ele ajudou a construir com as próprias mãos. Mas nos anos 1930 a estrada já teve outro nome: Estrada dos Oliveiras; em 1970 mudou para Estrada do Pirajuçara, e finalmente, Estrada Kizaemon Takeuti, por força do Decreto nº 036/70, do então prefeito Ary Dáu.

Um dos filhos mais ilustres de Kizaemon e de Taboão da Serra, foi sem dúvida Mituzi Takeuti. Agricultor, Oleiro (produtor de tijolos), e depois, Vereador ainda pelo Município de Itapecerica da Serra, antes da Emancipação de Taboão, Vice-Prefeito de 1969 a 1972. Ele faleceu em 03 de janeiro de 2010, sendo merecedor de muitas homenagens. Nascido em 1927, tinha 82 anos quando nos deixou para entrar para a História de Taboão da Serra.

Com a queda da agricultura nos anos 1970 a 1980, as propriedades dos japoneses foram sendo desativadas e vendidas para loteamentos que hoje dominam a paisagem do Vale do Pirajuçara.

Atualmente a comunidade japonesa possuí como representante na Câmara Municipal de Taboão da Serra o vereador Ronaldo Onishi, em seu terceiro mandato consecutivo.

Esta é uma pequena homenagem da Folha do Pirajuçara aos Imigrantes e descendentes do povo do Sol Nascente que com a força e a dedicação do seu trabalho, ajudaram, e ajudam, a construir coisas belas.

 

*(Taboão Sua História, sua gente, Waldemar Gonçalves)

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