PSL de Embu entre o Sargento Ruas e Ney Santos

A situação do PSL – Partido Social Liberal, de Embu das Artes pode caminhar na contramão das recomendações e diretrizes da ideologia da legenda.

Na cidade, o PSL parece possuir três frentes. De um lado a linha mais autentica do partido, tendo a frente o presidente Coronel Mas de Camargo e o prefeiturável Sargento Ruas. Porém, o crescimento Estadual e Federal do Partido despertou o interesse de outros agentes políticos menos identificados com a ideologia partidária. Uma das linhas parece querer entrar na cidade via o deputado federal Jr. Bozella e a outra, pelo também federal Deputado Abou Anni. Em comum, esses dois deputados já orbitam em torno do prefeito Ney Santos.

Polarização

Essa disputa pelas diretrizes do PSL no Embu das Artes acabam colocando em pólos opostos Sargento Ruas contra o prefeito Ney Santos. Um defendendo uma postura hierárquica e respeitável do Universo Militar em busca de resgatar a Ordem e o Progresso no País. No outro, com diversas denuncias e suspeitas de associação ao crime organizado e, que busca, a ter nas eleições de 2020, um partido a mais sob seu controle.

Ligações perigosas

Uma das lideranças embuenses infiltradas no PSL e que busca atrelar o partido a Ney Santos é Thiago de Freitas. Em sua rede social ele já faz propaganda da indicação de uma emenda de 800 mil reais, para a Segurança Pública de Embu das Artes, através do Deputado Federal Abou Anni. O principal elo de ligação entre Thiago de Freitas e o Ney Santos parece ser o vice prefeito Dr. Pitter.

Outro nome com um histórico duvidoso á apoiar a ligação “PSL – Ney Santos” é o deputado Federal Jr. Bozella.

Segundo a trajetória histórica do PSL, quando o partido ainda era “pequeno”, o presidente estadual era Roberto Siqueira, mesmo bloco político de Bozella. Quando sua gestão como presidente foi encerrada, o PSL estadual tinha uma dívida de 1,5 milhão de reais. Com a presidência do presidente estadual e atual senador Major Olimpio, as contas foram recuperadas e o partido, que com a Inadimplência da gestão Roberto Siqueira corria o risco de não poder participar das eleições, elegeu uma das mais fortes bancadas na ALESP- Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Recentemente o Major Olimpio, renunciou a presidência do PSL Estadual e em seu lugar assumiu o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro.

O bloco chamado de “PSL raiz” se caracterizou, no passado, pela venda de legendas a quem pudesse pagar. Atualmente o partido busca identificar cidadãos desvinculados da forma de atuar das “Velhas Políticas brasileira.

Porem os caminhos que o PSL de Embu pode tomar será outro caso a legenda venha a ser  adquirida.

Mancada do PSL?

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tem como ministro da Justiça Sérgio Moro, que se notabilizou pela operação Lavo a Jato e combate a corrupção, a indícios de que o Deputado Federal Bozella está interessado em entregar o PSL de Embu das Artes ás mãos de pessoas possivelmente ligadas ao crime organizado.

O pano de fundo dessa história parece ser as verbas de R$ 25 milhões que o PSL deverá receber do Fundo Partidário e, a ganância alimentada pela venda de legendas para as próximas campanhas eleitorais. Esta postura da “antiga” política brasileira, reconhecida por muitos na figura de Bozella, ainda mantém viva a sua esperança em substituir Eduardo Bolsonaro na Presidência Estadual do Partido.

Enquanto isto, nos corredores do poder, sabe-se que, além de Embu das Artes, a mesma corrente tenta derrubar as lideranças do partido em Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, para manter uma estrutura comprometida, não com a Ordem e o Progresso, mas com a desordem e a criminalidade.

Será que é esse “O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, que os militares deixaram tomar conta de nossas cidades.