60 ANOS DE EMBU DE TODAS AS ARTES

 

Mais conhecido pela feira de arte e artesanato que realiza desde a década de 1960, o município paulista é um dos mais antigos do país e tem muita história para contar. Suas ruas guardam casas de taipa e construções arquitetônicas típicas dos tempos do Brasil Colônia

Embu das Artes é uma cidade alegre. Animada, a simpática estância turística recebe milhares de visitantes todos os fins de semana, quando abriga em seu centro histórico a Feira Internacional de Artes e Artesanato. Os turistas chegam de todos os cantos, mas são, sobretudo, paulistanos.

Embu das Artes, porém, não é só um polo regional da cultura brasileira. Concilia o charme de uma típica cidade do interior a atrações para todos os gostos, desde passear pelas suas bucólicas ruas de paralelepípedos para conhecer um pouco da história e da arquitetura do Brasil Colônia e fazer compras de objetos de arte e decoração até desfrutar de seus espaços verdes, resquícios da Mata Atlântica que por ali se espalham.

O centro histórico de Embu das Artes é, por si só, uma atração imperdível. Abriga preservadas casas de taipa e construções que revelam como era a arquitetura nos tempos do Brasil Colônia. Ali também estão o Centro Cultural Embu das Artes, o Museu do Índio, a Capela São Lázaro, o centro de informações ao turista e diversas pousadas e restaurantes de gastronomia nacional e internacional, além de uma praça de alimentação com 25 quiosques. Mas, sem dúvida, a principal estrela do lugar é a Feira Internacional de Artes e Artesanato.

Idealizada pelo escultor Claudionor Assis Dias, o mestre Assis do Embu, como era conhecido o artista que morreu em 2006, a feira existe desde 1969, quando foi criada por artistas que tinham ido morar na cidade a partir de 1920. Entre eles, o pintor Cássio M´Boy, os mestres Sakai e Gama, Solano Trindade e Ana Moysés. Juntos, mais do que ajudar a fundar a feira, esses artistas projetaram internacionalmente a cidade, fazendo com que ela se transformasse em um sinônimo de arte.

Em seus 60 anos de existência, a feira foi ocupando todas as ruas do centro histórico de Embu das Artes, um circuito hoje conhecido como Passeio das Artes. É nesse imenso ateliê ao ar livre que 550 expositores mostram as suas obras, desde pinturas, porcelanas, esculturas, instrumentos musicais, roupas e bijuterias até objetos utilitários. Não são os únicos. Ao redor da feira encontram-se ainda diversas galerias de arte, antiquários e lojas de artesanato e de móveis artesanais de estilo rústico. Muitos deles abrem nos fins de semana e feriados.

Saindo do centro histórico, no bairro de Vila Cercado Grande, fica o Memorial Sakai, com um acervo de peças do artista japonês Tadakiyo Sakai (1914-1981), um dos maiores expoentes da escultura em terracota do país. Ao lado do memorial situa-se a Capela de Santa Cruz. Em seu altar há uma cruz de madeira ladeada por dois anjos de terracota com suas violas, criada pela artista Helaine Malca.

Não muito distante dali, na Avenida Professor Cândido Motta Filho, uma raridade que merece ser conhecida: a Fonte dos Jesuítas. Situada dentro de um “santuário ecológico”, a fonte somente foi descoberta em 1944 e é uma das mais antigas do Brasil. A exemplo desse lugar, Embu das Artes tem ainda muitos outros espaços de vegetação remanescente de Mata Atlântica, com trilhas que são um tentador convite a caminhadas.

Na direção diametralmente oposta à fonte está Parque do Lago Francisco Rizzo, com mais de 217 mil metros quadrados de área verde e um imponente lago povoado por dezenas de espécies de peixes. De moderna infraestrutura, possui brinquedoteca, pistas de cooper, biblioteca sobre meio ambiente e viveiro de mudas. Fica na Rua Alberto Giosa.

Fonte:www.brasil247.com
Por Fabíola Musarra
Foto:Arquivo

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