O MÉDICO E O MONSTRO

O médico e o monstro é um dos maiores clássicos do terror psicológico, marcado pelo cientificismo da época vitoriana. O respeitado médico escocês, dr. Jekyll, faz pesquisas para entender os impulsos e os sentimentos humanos mais profundos, a acaba por criar uma droga que libera seus aspectos mais primiti­vos, o “animal” adormecido sob a capa do homem civilizado: no seu caso, ele assume a forma de mr. Hyde (do verbo hide, esconder, ocultar; mr. Hyde é a “versão oculta” do bom dr. Jekyll).

Em Taboão da Serra, analogamente temos a versão do médico e do monstro na figura de um político que possui como o seu lado positivo a Saúde Bucal e como seu lado monstruoso a vaidade pessoal.

A sete anos atrás apossou-se como seu do tempo poupado do outros.

No ano passado, no uso da Tribuna, ofendeu e humilhou a munícipe Deise, do Jd. Clementino, dizendo que a mesma deveria lavar a boca antes de falar do seu nome. De Outubro a Dezembro do ano passado, inspira­do pelo alcaide da cidade vizinha, aspirou ser presidente da Câmara.

Por vaidade ou por ganancia, parecia determinado a alcançar o seu objetivo. Colocou de lado, todo o respei­to pelas pessoas, acreditando que, como ele, todos teriam um preço.

Em busca do voto que pudesse lhe garantir a vitória e ao mesmo tempo, humilhar e esmagar o antigo alia­do, ele chegou a oferecer R$ 200 mil, depois R$ 500 mil e, por fim, R$ 1 milhão de reais áquele voto espe­cifico, garantindo 500 mil no ato e 500 mil no dia 04/12.

Porém, colocou de lado á vaidade e o desejo de ser presidente para apoiar á quem com ele e o seu grupo pudesse implacavelmente derrotar o seu desafeto.

Não contente com os objetivos alcançados, hoje vive pelas redes sociais, como um menino viciado a dispa­rar fakes, ofendendo e inventando factoides sobre aqueles que há pouco tempo ele os tratava como amigos.

Se o médico bucal era um médico educado e dedicado a ações que visavam o bem-estar geral através do conhecimento, a sua monstruosidade parece estar, essencialmente, em sua entrega aos prazeres e à luxúria como um fim em si, por quaisquer meios, incluindo a força física.

 

Mário Aparecido de Souza

Jornalista – MTB 18493

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